Muitos professores sobrevivem a um ano letivo porque o cérebro os salva dos horrores vividos com uma estratégia simples: memória curta- ajuda a esquecer o antes e a suportar o depois, o retorno ao serviço.
Chegados ao final do ano letivo e retiradas das tarefas aquelas aulas de noventa minutos, que mais pareciam um filme do David Lynch, que ninguém explica mas toda a gente percebe; os professores respiram de alívio, entretendo-se, na pior das hipóteses, com pequenas escaramuças nas reuniões de avaliação; seguidas de vigilâncias que, inexoravelmente, para muitos leva à reflexão. Pessoalmente passei muitas a lamber as feridas de mais um ano "desperdiçado".
É evidente que outros, continuam motivados e, aparentemente não perdem a genica; desfilando pomposamente tudo o que de maravilhoso conseguiram. Esses, sabemos bem quais são (nem todos mas quase todos): ficam com as melhores turmas, os melhores horários, e fazem tudo em grupo. São os queridos das direções que se deixam afagar por elogios. Acham que sem eles as escolas não funcionam. Bastava lhes dar 45 minutos de um CEF "noise-metal", para criarem um escândalo.
Próximo capítulo: a minha última participação disciplinar.
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